O vereador da Câmara de Oliveira de Azeméis referiu que «para equilibrar o orçamento familiar é necessário repensar e alterar os hábitos de consumo, limitar o desperdício e reorganizar os recursos, de acordo com uma nova filosofia que combina aspetos económicos com a sustentabilidade ambiental».
Isidro Figueiredo falava no workshop «consumo sustentável: metodologias para combater o desperdício nas nossas organizações e motivar os colaboradores», realizado, no âmbito do projeto Happy Home Wallet.
Com o objetivo de ter a noção dos hábitos familiares ao nível da gestão dos resíduos que produzem e dos hábitos na compra dos produtos foi realizado pela autarquia um inquérito aos encarregados de educação do agrupamento de escolas Ferreira de Castro.
Dos 1500 inquéritos distribuídos foram devolvidos 612.
Os resultados obtidos foram apresentados no workshop e indicaram que 76% dos inquiridos recorre ao vidrão, 42% ao oleão e 66% tem o hábito de fazer uma lista de compras quando se dirige a um estabelecimento comercial.
«Concluímos que ainda são desenvolvidas algumas más práticas junto das famílias», referiu Ândrea Ferreira, técnica da autarquia.
De acordo com Cristina Rocha, do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), «são vários os fatores que influenciam as nossas despesas, pelo que o consumo sustentável significa saber usar os recursos naturais de forma adequada sem comprometer as necessidades e aspirações das gerações futuras».
«É importante que cada um esteja consciente das escolhas que faz», rematou.
Para Benedita Chaves, da LIPOR – Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto, «todos temos um papel importante na transformação de velhos hábitos, valores e padrões em novas e boas práticas para a sustentabilidade».
«É fundamental alertar e despertar consciências junto da população de forma a induzir a mudança», referiu a responsável pela Divisão de Valorização Orgânica.
Recorde-se que o projeto internacional Happy Home Wallet envolve nove países, dos quais, o Município de Oliveira de Azeméis é o único parceiro português.
O respetivo projeto teve início no último trimestre de 2013 e vai desenvolver-se até meados de 2015.