Para complementar a exposição «As Caixas Mönchengladbach», a biblioteca municipal vai organizar um atelier intitulado «Faça da sua caixa o seu livro!».
Este atelier convida todos/as os/as participantes a construir um pequeno livro-caixa para arquivar um sem número de desenhos, pinturas e colagens que resultarão de um percurso imaginado.
Paralelamente ao atelier será realizada uma visita orientada à exposição “AS CAIXAS MÖNCHENGLADBACH NA COLEÇÃO DE LIVROS E EDIÇÕES DE ARTISTA DA FUNDAÇÃO DE SERRALVES".
Destinatários/as: Público infantil, jovem, adulto e sénior (organizados em grupos).
“AS CAIXAS MÖNCHENGLADBACH NA COLEÇÃO DE LIVROS E EDIÇÕES DE ARTISTA DA FUNDAÇÃO DE SERRALVES”.
Nas décadas de 60 e 70, o Städtisches Museum de Mönchengladbach (Alemanha) foi um museu de vanguarda, precursor tanto no que se refere ao programa de exposições apresentadas como na política editorial levada a cabo. Apesar de situado numa pequena cidade – Mönchengladbach – este museu conseguiu atrair a atenção do mundo da arte.
O constrangimento financeiro da própria instituição viria a revelar-se decisivo para o desenvolvimento do projeto das “Kassettenkatalog”. Foi durante este período e através da ação do então diretor Johannes Cladders que surgiram as “caixas”.
Um dos objetivos inerentes a este projeto era o de publicar algo singular, diferente das habituais brochuras ou catálogos de exposições. Deste modo, qualquer pessoa podia ter acesso a uma “obra de arte”, sem que isso implicasse um encargo financeiro significativo.
As “caixas” realizadas entre 1967-78, de edição limitada e numerada, são ímpares na sua conceção. O design era da inteira responsabilidade de cada um dos artistas convidados. Todas apresentam a mesma medida (c. 21x17x3cm) mas conteúdos totalmente diversos: brochuras, convites, folhas soltas, objetos, etc.
A primeira destas “caixas” foi criada por Joseph Beuys. Seguiram-se nomes como Carl Andre, Robert Filliou, Panamarenko, Piero Manzoni, Jasper Johns, Marcel Broodthaers, Blinky Palermo, Gerhard Richter, James Lee Byars.
Atualmente, todas as caixas são consideradas “raridades” ocupando um lugar de destaque nas coleções de obras de arte de museus internacionais.