O presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge, defendeu o reforço da presença da tecnologia, da inovação e do desenvolvimento no tecido empresarial do concelho e uma ligação forte dos centros tecnológicos e do saber ao setor industrial.
O autarca, que falava na visita do Visita do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, à Escola Superior Aveiro Norte (ESAN), disse ser “importante fazer esta aproximação pois só assim se consegue afirmar a competitividade de uma região”.
Nesta aproximação enquadra-se a ambição do autarca em dotar Oliveira de Azeméis com aquilo a que chama a “Fábrica do Futuro”, uma estrutura semelhante a um “laboratório colaborativo”.
O laboratório funcionará como um espaço onde a inovação e a tecnologia estarão ao serviço das indústrias que poderão testar, desenvolver e aplicar produtos e soluções com o apoio de técnicos especializados.
“Hoje temos reunidas as condições para criar uma resposta desse tipo que é fundamental para a valorização deste território, para a região e para o país”, observou Joaquim Jorge.
Além da parceria da ESAN, a materialização da “Fábrica do Futuro” passa por “aproveitar toda a experiência e o saber das nossas organizações e pela necessidade de atrair talentos e doutorados em matérias fundamentais para a afirmação do tecido empresarial que temos”.
A ideia, apesar de se encontrar num estado embrionário, foi bem acolhida pelo ministro da Ciência e Tecnologia que sugeriu a criação de uma rede usando as infraestruturas já existentes em vez de ser criada uma instituição nova.
O ministro esteve na ESAN para presidir à formalização da colaboração entre esta entidade e o Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica da Universidade de Aveiro (UA), um dos departamentos com o qual a ESAN mais colabora.
O polo da UA instalado em Oliveira de Azeméis é um caso de sucesso na ligação entre o ensino politécnico e o ensino universitário que o ministro não deixou de elogiar.
Numa alusão à ESAN o governante aplaudiu a forma de ensino competitiva e diversificada, em contextos regionais diferentes, que é praticada dentro da própria Universidade de Aveiro fazendo dela “um caso de referência em Portugal e na Europa”.
O ministro disse serem “encorajadores” os dados sobre o esforço da investigação e inovação em Portugal mas observou que “para nos posicionarmos no contexto de referência europeu temos, até 2030, de duplicar a despesa pública e quadruplicar a despesa privada”. O que, segundo Manuel Heitor, implica “criar 25 mil empregos qualificados em Portugal”.
“Desde 2011 atingimos, pela primeira vez, um esforço privado superior ao esforço público em termos de investimento em investigação e inovação”, realçou o ministro durante a sessão que contou com a presença do reitor da Universidade de Aveiro, Paulo Jorge Ferreira, do diretor da ESAN, Martinho Oliveira, e de empresários.