A Câmara de Oliveira de Azeméis espera uma poupança de 35 mil euros no concurso público para o fornecimento de energia elétrica no âmbito do mercado liberalizado.
Cerca de 1,5 milhões de euros é o montante estimado para o fornecimento de eletricidade para iluminação pública e instalações municipais por um período de 12 meses, repartidos pelos anos de 2014 e 2015.
Segundo uma estimativa feita em março deste ano pela ENERGAIA, Agência de Energia do Sul da Área Metropolitana do Porto, que integra os municípios de Oliveira de Azeméis, São João da Madeira, Vale de Cambra, Espinho e Gaia, a abertura do concurso poderá traduzir-se numa poupança que pode atingir os 35 mil euros em iluminação pública.
«O concurso tem apenas a duração de um ano porque há a perspetiva de, em 2015, ser lançado o concurso à escala de todos os municípios que fazem parte da ENERGAIA», explica Ricardo Tavares, vice-presidente da autarquia, adiantando que «isso trará vantagens financeiras para o município».
A distribuição de energia elétrica no município está atualmente concessionada à EDP Distribuição, exceto na freguesia de Loureiro onde o serviço é assegurado pela Cooperativa Elétrica de Loureiro (CEL).
O contrato de aquisição de energia em baixa e média tensão, com duração de um ano, ocorre no contexto do mercado liberalizado de energia e prevê gastos de 491 mil euros até ao final deste ano e de 983 mil euros em 2015.
Segundo Ricardo Tavares «o concurso público destina-se a todo o concelho abrangendo as duas atuais concessões».
Decorrente das regras do mercado liberalizado, «quem for o vencedor do concurso será o fornecedor de energia ficando a EDP Distribuição e a CEL responsáveis pela distribuição da energia de baixa tensão».
A redução do volume da fatura elétrica tem sido uma preocupação do executivo que tem vindo a implementar alguns mecanismos que permitem hoje atenuar os custos.
Entre as medidas adotadas está a adesão do município à ENERGAIA, a definição da matriz energética do concelho, o Observatório da Sustentabilidade e o diagnóstico de irregularidades e consumos abusivos. Em elaboração encontra-se outro instrumento fundamental, o Plano de Sustentabilidade Energética.
«Todos estes mecanismos permitirão, nos próximos anos, adotar medidas de poupança, sustentabilidade e eficiência», assegura Ricardo Tavares.
«É possível hoje controlar todos os pontos de consumo e monitorizar todo o sistema, permitindo que sejam tomadas medidas de correção», adianta.
A iluminação pública representa atualmente cerca de 70% dos custos da autarquia com energia elétrica.