O problema das infiltrações de águas pluviais e do estado de ruína do telhado da Casa-Museu Regional de Oliveira de Azeméis está próximo de ficar resolvido com o apoio financeiro de 10 mil euros que a autarquia decidiu atribuir à Associação de Defesa e Conhecimento do Património Oliveirense, a entidade que gere este espaço museológico.
O apoio, que estava prometido desde o início do ano, foi formalizado com a assinatura do contrato-programa entre o município e os responsáveis da Casa Museu.
A reparação das instalações incidirá sobre a estrutura do telhado ao nível do vigamento de suporte, remoção de materiais e retificação das anomalias relacionadas com a infiltração de águas pluviais. Segundo os dirigentes da Casa-Museu, a intervenção é urgente face à iminência de ruir o teto do edifício situado na rua António Alegria, no centro da cidade.
«Trata-se de um edifício antigo que alberga um vasto e importante espólio patrimonial concelhio, merecendo a execução de obras tendo em conta o seu estado atual», afirma a vereadora da cultura, Gracinda Leal, adiantando que «o montante a atribuir é de 10 mil euros e não de 7 500 euros como consta do pedido de auxílio financeiro feito pela Direção».
No momento da assinatura do contrato-programa o presidente da Câmara Municipal, Hermínio Loureiro, realçou o papel que o Museu Regional desempenha no contexto cultural oliveirense e vincou a importância de melhorar as condições físicas que permitam à instituição “manter o seu extraordinário trabalho”.
Por sua vez o presidente da Direção do Museu Regional, Samuel Oliveira, agradeceu à autarquia a colaboração que permitirá preservar o valioso espólio arqueológico e cultural que acolhe.
A Casa-Museu Regional de Oliveira de Azeméis foi inaugurada no dia 27 de Setembro de 1990, tendo sido fundada por um grupo de cidadãos oliveirenses, convidados pelos dadores João Marques de Almeida Carvalho e seu amigo Constantino José de Carvalho.
Além de várias salas de exposições temporárias, a Casa-Museu apresenta mostras permanentes, especialmente achados arqueológicos encontrados nos castros de Ul e de Ossela, monumentos em pedra, alfaias agrícolas, trajes tradicionais, objetos em vidro do Centro Vidreiro e barros negros de Ossela e da fábrica «Regalado».
Outro registo importante prende-se com a publicação, com chancela da Casa-Museu, de cinco tomos da «Ul-Vária», desde 1994, com artigos de elevado interesse histórico-cultural, de âmbito local e regional (Região Entre Douro e Vouga).