Mais de uma centena de professores participou no seminário "Desafios para a inclusão na educação", promovido pela Câmara de Oliveira de Azeméis.
O encontro decorreu no auditório do Centro de Negócios de Oliveira de Azeméis e debateu os temas da inclusão e da flexibilidade curricular estabelecidos nos decretos-lei 54 e 55 de 2018.
Na abertura dos trabalhos, o vereador da educação, Rui Luzes Cabral, lembrou que Oliveira de Azeméis é "um município piloto na descentralização de competências na área da educação" e desejou que os decretos-lei sejam, tanto na flexibilização como na inclusão, "um passo à frente no rejuvenescimento e na mudança estrutural de dois domínios tão importantes para o nosso sistema de ensino".
Rui Luzes Cabral deixou aos participantes um conjunto de questões sobre os caminhos a trilhar no setor das políticas educativas.
"Como vamos nós dar tempo à educação para deixar de ser muitas vezes uma paixão adiada e se torne numa ação concreta, alicerçada e pensada transversalmente aos partidos, às instituições e à sociedade?", questionou.
Sobre a flexibilização curricular, Rui Luzes Cabral espera que ela "traga ao nosso sistema educativo um fio condutor mais percetível, mais autónomo e mais enraízado para que proporcione cada vez mais desenvolvimento ao nosso tecido produtivo e dê a cada um de nós mais segurança e autonomia".
Os trabalhos contaram com intervenções de Ariana Cosme, coordenadora do Observatório da Vida nas Escolas, formadora e consultora de escolas inseridas nos Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP) e em projetos de inovação pedagógica, e de David Rodrigues, presidente da Pró-Inclusão, Associação Nacional de Docentes de Educação Especial, conselheiro nacional de educação e diretor da revista "Educação inclusiva".