Cucujães possui uma das obras arquitetónicas mais bonitas da região. O Mosteiro de Cucujães, possui um património arquitetónico incrivelmente belo.
Com uma arquitetura religiosa do estilo barroco, o Mosteiro pertencente à Ordem Beneditina é composto por uma capela-mor, torre sineira, e uma bela igreja longitudinal. Desde a sua fundação, este cenóbio teve uma importância fulcral para a região, uma vez que educava monges para o cultivo das terras, e das outras artes e ofícios. Foi com a instituição do couto, que o belo mosteiro adquiriu o direito paroquial, judicial e administrativo, e o território a categoria de Vila.
Em entrevista o Padre Artur de Matos Bastos, falou um pouco do atual Seminário das Missões que engloba o Mosteiro: “Trata-se de uma sociedade típica e única em Portugal, é fruto da preocupação da Igreja para a envangelização das antigas Colónias”. O Facto das nossas antigas Colónias estarem desprovidas de Clero e Missionários, levou a que os Bispos portugueses e o Papa Pio II, fundassem esta Sociedade Missionária que aglomerasse padres seculares.
O Padre Artur Bastos vê o Seminário das Missões como “ Um braço estendido das dioceses para o mundo”. O Mosteiro da Ordem Beneditina, já serviu de hospital durante a Guerra Civil, também já perdeu as suas regalias, tendo acabado por se extinguir. Já foi vendido e doado. Atualmente continua a ser propriedade da Obra Missionária de Cucujães, ainda que com uma forte ligação à Paróquia desta freguesia, que aqui alberga a grande maioria das suas atividades. Apesar de ser residência de alguns padres, perdeu o seu estatuto enquanto Seminário.
Eva Dias, investigadora que estudou toda a história do Mosteiro, e que acompanhou a entrevista afirmou “O território de Cucujães deve muito ao Mosteiro”. Tratava-se de uma terra riquíssima. Eva Dias considera aspeto fundamental e característico “ A igreja sem sombra de dúvida, e a sua fachada.”
Apesar das alterações arquitetónicas que o Mosteiro sofreu, ainda é possível encontrar vestígios arquitetónicos de vários períodos “Os azulejos são do séculos 17 e os altares do corpo da igreja do século 19, estão representados numa linguagem neoclássica”. Apesar das transformações que já sofreu a estrutura do Mosteiro, e das funções que já exerceu, ainda são visíveis marcas que confirmam a identidade deste magnífico e único Mosteiro.
O Mosteiro que já existia antes de Portugal ser Portugal.