Situada a sul de Oliveira de Azeméis, a freguesia de Travanca respira dinamismo e empreendedorismo, quer do seu tecido empresarial, quer da sua população e do associativismo, fazendo dela um território de futuro.
Mas antes de conhecermos melhor esta freguesia fiquemos a saber que a primeira referência escrita conhecida, relativa a Travanca, data de 1132 quando o Bispo de Coimbra doa ao Mosteiro de Grijó, a Igreja de S. Martinho. Travanca foi terra povoada desde tempos pré ou proto-históricos, face às suas ótimas condições naturais, clima ameno, solos férteis e existência de cursos de água, (rios e ribeiros) que foram coutada dos Condes da Feira até 1700.
Durante muitos anos a freguesia, que passou a integrar o concelho de Oliveira de Azeméis a partir de 1855, viveu essencialmente da agricultura, face à riqueza dos seus solos e às mãos hábeis de um povo que aí encontrou o seu modo de sobrevivência.
Santiago Martins, que passou por um cargo político e figura conhecedora da freguesia, afirma que o paradigma da atividade da freguesia se alterou em 1940 com a instalação da empresa Lacticínios de Azeméis que levou, através da qualidade do “Queijo Universal”, o nome de Travanca a todo o país. Mais para a frente apareceram outras indústrias, em especial ligadas à construção civil e obras públicas que empregaram muita mão-de-obra de locais e de freguesias vizinhas.
“Hoje, com a implantação da Zona Industrial o panorama alterou-se completamente e Travanca dispõe de fábricas das mais diversas áreas de atividade económica, tais como os moldes, o calçado e diversa indústria transformadora, sendo que continuam a ser construídos pavilhões para instalação de novas unidades industriais”, afirma Santiago Martins.
A nível do património, Santiago Martins destaca a Capela do Divino Espírito Santo, em Besteiros, que no seu altar ostenta um retábulo, em pedra ançã, que se supõe ser da autoria de João de Ruão, de finais do século XVI, assim como os belíssimos altares da igreja matriz e ainda da Capela de Nossa Senhora das Flores que se situa no alto do monte das flores, com uma visão paisagística invejável e ainda da Capela de Santo António em Damonde, oferta de um devoto da freguesia.
A nova igreja matriz foi inaugurada em 15 de julho de 2007 e custeada pela população.
O associativismo na freguesia está representado pela Associação de Solidariedade Social de Travanca, a ACT - Associação Cultural de Travanca, A Turma da Bola A.R.C.D. e o Grupo Columbófilo “Os Unidos de Travanca”, o Grupo Janeiras S. Martinho de Travanca e o Núcleo de Camionistas Terras de La Salette, todas elas em atividade.
Há ainda a assinalar o polidesportivo, com todos os equipamentos de apoio, onde durante muitos anos foram organizados pela “Turma da Bola” os torneios concelhios de futebol de cinco.
Neste momento, o recinto tem ocupação persistente aos fins-de-semana por jovens da freguesia e de outras zonas.
Em termos de rede viária principal a freguesia está bem servida com acesso direto e rápido à A1. É servida pelo IC2 e pela antiga EN1.
Santiago Martins diz que “face ao impulso empresarial de que tem sido alvo, face à dinâmica dos seus corpos associativos e acima de tudo face ao querer e empreendedorismo do seu povo, Travanca é uma terra com futuro”.