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Santuário e Parque de La Salette

Oliveira de Azeméis
Capela de Nossa Senhora de La Salette

O Parque de La Salette, projetado por Jerónimo Monteiro da Costa, é um parque situado a nascente do IC2, que ladeia o centro de Oliveira de Azeméis, num cabeço que antigamente se chamava “Outeiro do Castro”. O Parque de La Salette é um “ex-libris” da cidade, um local com 17 hectares de lazer, em agradável cenário verde que cobre todo o monte e proporciona excelentes miradouros para a paisagem circundante. No parque, encontra-se o Santuário de Nossa Senhora de La Salette, a Ela dedicado. O templo, de cunho neomedieval, foi edificado nos princípios do século XX por António Correia da Silva (projeto de arquitetura), Henrique Moreira (escultura existente na fachada), e Ricardo Leone (vitrais).

No parque existe um miradouro natural, do qual se vê a norte São João da Madeira e a nordeste o vale do rio Antuã e algumas zonas montanhosas de Arouca, como a Serra da Gralheira. E a sul, os socalcos das freguesias de Travanca, Pinheiro da Bemposta e a mancha florestal da Bairrada. A oeste, para além da cidade, avistam-se a ria de Aveiro e a linha do mar de Ovar à Costa Nova.

A festa concelhia em honra de N.ª S.ª de La Salette, tem início no 1.º domingo de Agosto, com uma enorme procissão de velas com a imagem (única) de N.ª S.ª de La Salette, do Santuário de La Salette para a Igreja Matriz. Termina no 2.º domingo, com a “Procissão do Triunfo”, que aglutina irmandades de todas as paróquias da Vigararia de Oliveira de Azeméis, transportando a imagem no percurso inverso, de regresso ao Santuário. Esta procissão atrai multidões.

A construção da Capela da La Salette remonta o ano de 1870. Nesta data, o país era assolado por uma terrível seca. Oliveira de Azeméis não foi exceção e também teve dificuldades com a escassez de água. Então, em 5 de julho desse ano, decidiu-se fazer uma procissão com o Santo Cristo até ao Monte Crasto, a fim de pedir chuva. Na verdade, a procissão chegou ao local e nesse instante começou a chover copiosamente e, parecendo a todos um facto milagroso, o Abade João José Correia dos Santos propôs a construção de uma capela naquele local, sob a invocação de Nossa Senhora de La Salette. Encomendaram-se as imagens e iniciou-se a construção da capela. As imagens chegaram em 1875, ficando na Igreja Matriz, e passados cinco anos foram transladadas para a capela, que então fora concluída.

Foi no ano de 1909 que se iniciou a construção do atual Parque de La Salette, sob a chefia de Jerónimo Monteiro da Costa, diretor dos Jardins Municipais do Porto. Em 1913 começou a pensar-se na construção de uma nova capela, pois aquela tornava-se demasiado pequena. Iniciaram-se novas obras dez anos depois e, atualmente, existe um templo mais largo, funcional, de um gótico revivalista e recheado com belos vitrais e uma rosácea, apenas prejudicado pela sua quase total construção em cimento.

Quando a Comissão Patriótica Oliveirense se organizou em 1909 e “meteu mãos à obra” para transformar num parque o árido e inóspito Monte dos Crastos, tomou também conta da capelinha que aí existia desde 1880, consagrada à Nossa Senhora de La Salette. Em local tão isolado, era preciso alguém que tomasse conta da capela e a abrisse quando necessário. A escolha da Comissão Patriótica recaiu num habitante do lugar de Cidacos conhecido pelo “Tio Martinho”, homem honesto e cumpridor. Mas o Tio Martinho passou a andar preocupado. Os roubos sucediam-se e não se descobriam os culpados. E atingiu-se o máximo de falta de respeito e heresia, quando roubaram um valioso anel, levado com o dedo mínimo da mão direita, que partiram à imagem da Nossa Senhora. Assim, Tio Martinho, apesar de muito cansado, não pôs qualquer dificuldade quando a Comissão lhe pediu para ficar de guarda à capela durante a noite após as festas, dado que havia objetos de culto de elevado valor (os quais tinham servido nas festas), para além da caixa de esmolas. Muniu-se de uma espingarda caçadeira, que lhe emprestaram, e preparou-se para passar a noite, tomando as devidas precauções. Passado pouco tempo, acordou com barulho na capela, mas do sítio onde estava (escadas que davam acesso ao pequeno coro), não via nem era visto. Pegou na arma e espreitando, viu um vulto junto ao altar. Não esperou por mais nada, meteu a arma à cara e disparou. Apesar da pequena distância a que disparou (a capela era pequeníssima), o vulto continuou de pé. O Tio Martinho, que tinha outro cartucho na arma, aproximou-se, intimando o intruso a manter-se quieto. E assim o manteve sob vigilância até o dia clarear. Nessa altura, fechou-o bem na sacristia, e saindo cá fora, começou a tocar a sineta da capela, ao mesmo tempo que gritava por “ladrões”. Em breve espaço de tempo tinha acorrido muito povo, e então cercada a capela, entraram lá dentro e prenderam o gatuno. Trouxeram-no para a vila e na cadeia foram examinados os ferimentos, que se limitavam a alguns chumbos que tinham ficado à flor da pele e, caso curioso, o tiro tinha-lhe decepado o dedo mínimo da mão direita. Interrogado, confessou que tinha sido ele que algum tempo antes tinha roubado o anel e partido o “dedo mínimo da mão direita de Nossa Senhora da La Salette”. O Tio Martinho voltou à capela e junto ao altar encontrou o dedo, ainda ensanguentado, do gatuno. Esse dedo ainda se encontra num frasco com álcool, na atual capela.

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